28 May, 2006

Fascismo cultural?

Não obrigada!

Seja quando viajamos num qualquer momento das nossas vidas, seja quando somos "invadidos" numa qualquer época da história, seja quando nos arrastamos por alguma moda ou tendência, ou nos derretemos pelos media…

... abraçamos uma outra cultura, voluntária ou involuntariamente! Somos activos ou passivos, aceitamo-la como enriquecimento da nossa identidade cultural ou deterioração da mesma!

Depois tivemos (e continuamos a ter) aquelas histórias da carochinha! Não de uma forma muito clara é óbvio, não assistimos isto como um filme em telas gigantes declaradamente exposto, mas sim de uma forma a floreada e colorida…! Temos a história dos campos de férias onde as criancinhas podiam brincar à vontade e felizes, e a dos valentes e heróis soldados que levaram o cristianismo para os pobres indígenas cujas vidas eram tristes e enfadonhas e que graças ao facto de terem começado a fazer catequese se tornaram gente civilizada.

Seja como for defendo a entidade cultural de um país, e por isso gosto tanto de viajar e sentir em cada canto para onde vou a sua marca! Quero ver a estátua de Tutankhamon no museu do Cairo e não no Louvre em Paris ou no British Museum em Londres (apesar de saber que muito do que existe como relíquias culturais não existiria se os imperialistas não as tivessem "protegido").

Digo sim ao equilíbrio, mas jamais à "uniformização" e perda de pureza cultural. Não quero chegar um dia a Londres, por exemplo, e ter que conduzir do lado direito, ter que comprar as coisas em euros, usar gramas e metros…. Que mania para os que vêm de fora, que acham que as coisas têm que ser como na terrinha só porque já estão adaptados a elas. As coisas são como têm que ser e onde devem ser… logo, quem vem que se adapte! De contrário é racismo cultural! E ainda por cima negam que estas formas são genuinamente imperialistas fascistas e racistas.

Sem querer ser racista, cada vez mais rejeito quem impõe forçosamente a sua cultura, quando no fundo não a têm (o que é ridículo), a não ser que consideremos cultura usar calças abaixo dos ossos ísquios e andar à manco, comer junk food e rosnar "Yeeeeee"…
Mas tiro o chapéu ao seu magnetismo marchendiser e genialidade de marketing… nisso (só) são mesmo os maiores.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Imperialismo_cultural
http://pt.wikipedia.org/wiki/Imperialismo
http://www.suapesquisa.com/historia/imperialismo/

1 comment:

António said...

Pessoalmente sou a favor da instauração de uma ditadura cultural!

A minha, claro!

Só que, como tu própria dizes, é ridiculo impor uma cultura quando no fundo nãoa temos...Ando a ver como hei-de resolver isto!!???