28 July, 2007

A cidade


(Foto by João, 27/ 07/ 2007)

"A cidade está deserta, e alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce! Pra nos lembrar que o amor e uma doença
Quando nele julgamos ver a nossa cura! " (Ornatos Violeta)

25 July, 2007

E ando eu aqui às voltas....

Naquele dia saí de casa (como sempre) ...
vesti a mesma roupa de sempre,
a mesma cara, a mesma Sónia de sempre...
na esperança que me notasses!
Fui ao sítio do costume e decidi que não queria ir pra mais lado algum
que não fosse aquele lugar de sempre... o lugar que me acostumei...
na esperança que te acostumasses a mim!
Andei por lá às voltas... às voltas... na esperança que me notasses!
Assim sempre me podes ver umas 1001 vezes
e depois se não acreditares no amor à primeira vista... acreditarás no à 1001ª?!


Giroflé na Mary fuckin Puppins land...

15 July, 2007

só me apetecia

só me apetecia abraçar as pessoas que achava serem antipáticas...
para lhes mostrar que só lhes falta mesmo descobrir o amor!

(João, o meu amigo, a minha primeira visita oficial do Vallis)

09 July, 2007

Magia



Momentos mágicos...
.... instantes
sem pressa de se irem embora...

- Fica!
- Anda!
- Vou?
- Sim! Anda!
- Para onde?
- Interessa!?
- Não!
- Então porque não vens?
- Então porque não ficamos?
- Tá bem! Ficamos!
- Mas querias ir a algum lado em especial?
- Não... só queria ir.. sei lá... normalmente as pessoas estão sempre a ir para algum lado não é?!
- Mas estás com pressa?
- Pressa? De quê? De me ir embora?!
- Não! Que isto acabe!
- Nenhuuuuma :))) ..... OK... ficamos :)
- Fica :)
- :)

Elogio ao amor



By Miguel Esteves Cardoso (Expresso)

"Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. (...) Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."

(Ando sem criatividade nenhuma pra letras e imagens.... uso hoje as de quem gosto...
"elogio ao amor" do Miguel... prontos... tá elogiado
S :)

03 July, 2007

Sou uma anormal (quase que) perfeita

Agora uma pausa para pensar....

Pensa no quão imperfeita eu sou.... o quão egoísta eu sou, ciumenta, rancorosa... decepcionante às vezes!

Mas é isso que me faz escrever, que me faz emocionar com uma canção... e também o que me faz ser o que sou... na minha totalidade. É isso que me faz ser mais e mais vezes Eu e deixar o Eu que eu gosto menos ...

Deixa-me ser assim... na minha ilusão de querer muito de tudo! Logo tu que sabes que odeio ter tudo por menos que isso.

Agora faz uma inspiração bem lenta e profunda... enche os pulmões com ar na sua plenitude.... e ao expirares descontraí... te-me!

SwáSthya & Surf 2007

Uma amostra...