11 March, 2011

"Se plural como o Universo" (Fernando Pessoa)

Ter mais (+) implica ter menos (-)?

Nascemos, ganhamos uma vida, que nem video game. Inicia a contagem, decrescente....

Crescemos, ganhamos maturidade, perdemos a imoralidade do “sim”. Trocamos o extase das emocoes que nos provocam e estimulam (de fora) pela autenticidade, magia e serenidade do que somos no intimo. Ganhamos moralidade, cultura, educacao, valores, e perdemos o nosso mundo particular?

Crescemos mais um pouco, ganha-se uma vida adulta independente, perde-se a pureza e ingenuidade de uma menicice. Ganhamos um namorado novo, perdemos aqueles amigos;  ganha-se a exitacao de noites de sexo novo, perde-se o prazer de noites perdidas de riso. Ganha-se um conjuge, perdem-se todos os futuros ex-namorados. E na “certeza” de uma alianca,  ganha-se apenas uma ilusao de um “para sempre”.

Ganha-se a seguranca de um emprego, o conforto de um salario, e perde-se o ideal, a vontade e a tesao, e deixa-se de aprender? Ganha-se a comodidade de um carro novo, perdem-se as horas caminhando? Saboreando os sentidos, arregalando os olhos gulosos e temperando com acido latico os musculos.

Na complexidade das nossas atitudes nos tornamos singulares. Quando envelhecemos a unica coisa que ganhamos e idade!?

Deveriamos ser todos matematicos:  Simples, que nem a Natureza.
Depois, quando envelhecessemos ganhavamos dias, horas....  Ganhavamos Vidas, que nem video game!
E nessa simplicidade de 0s e 1s vivenciariamos a diversidade.

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